terça-feira, 31 de maio de 2011

Saudável, gostoso e prático

Dica saudável, gostosa e prática de fazer:
Sobremesa para festa infantil a Saladinha de frutas na casquinha de sorvete.
Muito bacana!


http://confrariadastrufas.com/

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Blog mudou de nome

Olá pessoal, mudei o nome do blog de Materna Arte de Criar, para Materna Arte de Cuidar, na verdade é só porque acho que tem mais a ver comigo, minhas buscas, minhas conquistas, enfim, com minha Maternagem, mas o conteúdo continuará o mesmo.
Estou batalhando com os colaboradores para postar em breve novos temas que podem ser de interesse de vocês, como: saúde do bebê, cuidados com a primeira dentição, nutrição, também teremos artigos sobre amamentação, psicologia, o trabalho das doulas, mães empreendedoras, entre outros.
Só peço que tenham um pouco de paciência, pois como são colaboradoras, cada uma tem seu tempo.
Eu também estou na correria, Manu está começando a andar, aí já sabem...Tempo integral com a pequena.
Mas vamos lá!
Vamos nos falando!

Uma historinha por dia

Olhem que fofa a historinha do elefante dançarino. O blog http://umahistorinhapordia.blogspot.com
é um achado, super bem cuidado e com historinhas super bacanas para ler para os pequenos!
Vale a pena conferire divulgar!
O elefante dançarino
Ele era grande e corpulento. Tinha um tom azul-acinzentado que lembrava o fim de uma tarde fria. Seu ânimo, no entanto, contrastava com a sua pele: brilhava como o sol! Estava sempre sorrindo, estava sempre feliz. Era Dante, o elefante.
Dante, a princípio, não parecia muito diferente dos demais de sua espécie. Também ele tinha uma tromba enorme e se divertia jogando jatos d'água no ar. Gostava de mergulhar as patas na lama e tinha um certo medinho de ratos. Um elefante comum.
Tinha, no entanto, algo que poucos sabiam. Era uma vontade que Dante tinha desde pequeno. E, como todas as vontades, começou pequenininha, pequenininha, mas foi crescendo e crescendo até se tornar tão grande quanto ele. Dante tinha vontade de dançar. Mais do que tudo na vida, Dante sonhava em ser um dançarino.
Quando a vontade se tornou tão gigante quanto ele, Dante resolveu assumir o seu desejo. Revelou então, à família e aos amigos, o grande sonho de sua vida. Alguns riram dele, e tentaram desencorajá-lo – 'elefante dançarino não existe! Cria outra vontade, Dante!' Mas também tiveram aqueles que o apoiaram – 'se este é o seu sonho, Dante, corra atrás dele!' No final das contas, ele ouviu mais palavras de incentivo do que de desencorajamento e, munido de uma boa dose de otimismo, resolveu começar a tentar.
Dante matriculou-se na escola de Dona Garça. Todo o reino animal sabia da graça de Dona Garça – era esbelta, formosa, de pasos delicadíssimos. Dona Garça, ao receber o novo aluno, olhou-o com espanto e admiração. 'Muitos passam a vida sem perseguir seus sonhos, Dante. Você está sendo muito corajoso, e eu farei tudo para ajudá-lo.'
Dona Garça estava sento honesta. Por toda a vida, ela e Dante se tornaram, desde este primeiro momento, inseparáveis. Chegava a ser engraçado ver os dois juntos, tal a diferença de tamanho e postura. Mas um amigo de verdade é o que nos apoia, e os dois sabiam disto. Dona Garça, em pouco tempo,virou só Gazinha, que era como Dante a chamava.
Logo nas primeira lições de dança de Dante, Gazinha soube que ali na sua frente estava um... elefante. Dante era era pesado, estabanado. Tinha a graciosidade de um...elefante. Tentava dar rodopios no ar, e colocar-se nas pontas dos pés. Mas tinha a leveza de um... elefante. Não tinha jeito. Dante era um elefante muito elefante mesmo!
Dante, ao perceber a dificuldade que encontraria pela frente, tratou de arranjar um dose extra de otimismo: 'Gazinha, eu faço tudo, o que eu quero é dançar!' A disposição dele contagiava a professora, que, sempre amiga, respondia ' o que mais importa é a força de vontade, Dante, e isto você tem. Uma hora a gente chega lá!' E assim continuavam os dois em ensaios intermináveis, tentando elaboradas coreografias que Dante nunca acertava.
Meses se passaram sem nenhum resultado. Dante era incapaz de fazer um plié sem cair desajeitadamente de bumbum no chão. Dona Garça, preocupada, não queria trazer-lhe más notícias. Mas via que só o otimismo e a força de vontade não seriam capazes de fazê-lo dançarino.
Um dia, por acaso, Dona Garça recebeu um convite. Uns amigos do tempo de escola estavam em uma cidade vizinha, fazendo algumas apresentações de dança. Empolgada em rever velhos companheiros de dança, chamou o amigo para acompanhá-la.
O espetáculo de dança foi uma surpresa para os dois. Dona Garça, renomada bailarina clássica, nunca enxergara nada além do balé. Mas foi ali, naquela apresentação de dança moderna, que ela teve um estalo. Deu um tapa na testa e exclamou: 'é isto, Dante! O problema não é você, o problema é a dança. O balé pode não ser ideal, mas se procurarmos achamos a dança certa para você!' Dante riu ao dizer: ' eu estava pensando a mesma coisa, Gazinha...'
Os dois lançaram-se, então, em uma nova busca. Qual seria a dança ideal para um corpulento elefante? Tentaram jazz, bolero, a valsa e o cha-cha-cha. Dançaram zouk, lambada, forró e o que mais há! De todos os tipos de dança tentaram um pouco, e o resultado era sempre louco: em umas, Dante caía de costas, noutras caía prá frente, mas em quase todas ele acabava com o bumbum no chão mesmo...
Parecia que não tinha jeito. Dante não conseguia dançar. Seu otimismo, sempre tão elevado, agora começava a desmoronar: ' eu acho que elefantes não sabem dançar mesmo...'
Por sorte sua amiga não se deixou contagiar. Disse bem alto, para todos ouvirem ' Dante, mande a tristeza prá lá!' E insistiu que se era aquele seu sonho, não poderia jamais parar de tentar.
E foi assim que outros tantos meses se passaram. Dante e sua professora, numa busca incansável. Dançavam todos os dias, treinavam até cansar. Dançaram e dançaram, até que um dia... voilá! Foi por acaso a descoberta, enfim a dança certa. Viram na televisão, e treinaram de montão.
Dante não era um bailarino clássico, nem também um de salão. Mas no hip-hop o elefante era uma graça de se ver! Rodopiava e pulava numa felicidade que só. Fazia passos elaborados e precisos, em uma alegria que contagiava a todos. Ele descobriu que não era feito para flutuar no ar com os passos leves de balé,e sim para dar as cambalhotas no chão que o hip hop pedia.
O gigante elefante tornou-se um dançarino conhecido, que fazia apresentações para plateias lotadas. Abriu, com sua professora e amiga Gazinha, uma grande academia de dança, onde ensinavam diversos tipos de dança, para diversos tipos de animais. Os pequenos e leves sobressaiam-se no balé e no jazz. Os casais gostavam de bolero. Os mais idosos curtiam uma valsa. Os corpulentos se jogavam no chão ao som do hip hop. E ensinavam a lição mais importante que tinham aprendido juntos: ' se você tem um sonho que é maior do que você, corra atrás, faça acontecer!' E esta é uma lição que vale para todos nós, mesmo não sendo elefantes...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pegando leve!

Pegando leve, pero no mutcho, vamos falar agora de papinhas. E a dica é o site do bicho papinha, nome sugestivo, hehehe...aqui em casa foi e é o bicho fazer papinhas para a Manu, sendo assim toda ajuda é pouca.
Uma graça o site, o cuidado e as receitas parecem ser uma delícia, qualquer dia me aventuro e tomara que a Manu aprove, confiram!


http://www.bichopapinha.com.br/

Seu bebê cresce, tudo muda, inclusive o sono!

Com o seu filho crescendo a cada dia uma coisa nova acontece, porém há períodos que esse desenvolvimento é muito intenso e tudo fica bagunçado, a rotina não existe mais, ele acorda no meio da noite, dorme muito durante o dia, uma loucura. Segue um texto do Guia do Bebê que esclarece um pouco como funciona e esses picos de crescimento e porque perturbam tanto o sono do bebê.


Fases de crescimento e desenvolvimento que modificam o sono do bebê e da criança

O desenvolvimento e o crescimento do bebê no primeiro ano e além podem provocar alterações no seu sono. Veja como saltos de desenvolvimento, picos de crescimento e angústia de separação podem interferir no sono.
O primeiro ano da criança é uma fase de mudanças extraordinárias para toda a família. Esse período é excitante e desafiador, quando bebês aprendem a comunicar suas necessidades e pais aprendem como atendê-las.
Você pode pensar que o desenvolvimento do seu bebê (como aprender a rolar, engatinhar e andar) e seu crescimento não tem nada a ver com o sono, mas a verdade é que caminham juntos!



Saltos de desenvolvimento
Saltos de desenvolvimento são aquisições de habilidades funcionais específicas que ocorrem em determinados períodos. O ritmo de desenvolvimento não é constante: há alguns períodos de desenvolvimento acelerado e outros onde há uma desaceleração.
Toda vez que seu bebê desenvolve uma nova habilidade, ele fica tão excitado e obcecado com a conquista que a quer praticar o tempo todo, inclusive durante o sono. Em outras palavras, um dos ‘efeitos colaterais’ desse trabalho todo que o cérebro dos bebês está fazendo é que eles não dormem tão bem quanto o fazem em períodos que não estão trabalhando em dominar uma nova habilidade. Eles podem até resistir às rotinas já estabelecidas.
No período que imediatamente antecede o chamado salto de desenvolvimento, o bebê repentinamente pode se sentir perdido no mundo, pois seus sistemas perceptivo e cognitivo mudaram, houve uma maturidade neurológica, mas não tempo hábil para adaptação às mudanças. Então o mundo lhe parece estranho, e o resultado da ansiedade gerada é geralmente desejar voltar para sua base, ao que já lhe é conhecido, ou seja, a mamãe! Em vista disso, é comum ficarem mais carentes, precisando de mais colo, e com frequência há também alterações em seu apetite e sono.
Então, nessas fases, é preciso apenas ter um pouco de paciência e empatia com o bebê - depois do processo de aquisição da nova habilidade (como rir, engatinhar, sentar, interagir, andar) o bebê dá um salto no desenvolvimento e demonstra felicidade com o final da ‘crise’. Ou seja, por um lado, o bebê fica feliz com a nova habilidade e independência que vem junto, e já é capaz de se afastar um pouco da mamãe. Por outro lado, sente angústias e receios com essa nova situação. Isso lhe traz sentimentos dúbios: é como uma ‘dança louca’ entre separação e apego, onde o bebê irá flutuar entre os dois por um período.
A duração de cada salto é variável, mas geralmente depois de algumas semanas a fase difícil passa e tudo volta à normalidade. Bebês e crianças precisam de cuidados amorosos, empatia e novas experiências, e não de brinquedos caros. Fale com seu bebê, cante, brinque com ele, leia para ele. São atividades chave para o desenvolvimento do cérebro. Os saltos no desenvolvimento não cessam na infância, mas continuam até a adolescência. (1-2).
Essas aquisições ocorrem em vários aspectos: desenvolvimento motor (aprender a usar grupos de músculos para sentar, andar, correr, ter equilíbrio corporal, mudar de posições e outros), desenvolvimento do controle motor fino (usar as mãos para comer, desenhar, se vestir, tocar um instrumento, escrever, e tantas outras coisas), linguagem (desenvolvimento da fala, uso de linguagem corporal e gestos, comunicação e entendimento do que outros dizem), desenvolvimento cognitivo [nos dois primeiros anos de acordo com Piaget ocorre o desenvolvimento sensório-motor, que inclui habilidades de pensamento como aprendizado, entendimentos, resolução de problemas, raciocínio e memória (3)] e desenvolvimento social (interagir e se relacionar com familiares, amigos e professores, mostrar cooperação e empatia).
Certa variação entre crianças é esperada, mas uma cronologia observada experimentalmente dos períodos de saltos de desenvolvimento é a seguinte:
- 5 semanas (1 mês): a visão do bebê melhora, ele consegue ver padrões em branco e preto, passa a se interessar mais pelo ambiente que o rodeia e consegue seguir objetos brevemente com os olhos. Passa ficar acordado por períodos um pouco maiores (cerca de 1 hora ou pouco mais entre as sonecas). É também nessa época que bebê começa a chorar com lágrimas e sorrir pela primeira vez ou com mais frequência do que antes.
- 8 semanas (quase 2 meses): diferenças nos sons, cheiros e sabores ficam mais perceptíveis. Ele percebe que as mãos e os pés pertencem ao corpo e começa a tentar controlar estes membros. O bebê começa também a experimentar com sua voz. É também nessa fase que o bebê começa a mostrar um pouco de sua personalidade: é agora que os pais começam a reparar quais coisas, cores e sons o bebê gosta mais. Depois desse salto o bebê vai poder virar a cabeça na direção de algo interessante e emitir sons conscientemente. Todas essas novas experiências trazem insegurança ao bebê que provavelmente procura mais o conforto do peito da mãe. Isso pode deixar a mãe preocupada se produz leite materno suficiente, o que não procede, já que a produção se ajusta à demanda (ver abaixo também sobre picos de crescimento).
- 12 semanas (quase 3 meses): o bebê descobre mais nuances da vida: nessa idade o bebê já pode enxergar todo um cômodo da casa, vira-se quando ouve sons altos, e consegue juntar suas mãos. Vai observar e mexer no rosto e cabelo dos pais e vai perceber que pode gritar. Depois do salto o bebê praticamente não vai mais precisar de apoio para manter a cabeça erguida. Como nos outros saltos, os pais são o porto seguro do mundo do bebê e ele se apoia nisso. Ele pode começar a reagir de maneira diferente fora de casa ou no colo de um estranho. Ao mesmo tempo que o bebê tem uma grande curiosidade em reparar no mundo que o rodeia, ele também é muito sensível às novidades e por isso se sente mais confortável e seguro nos braços dos pais.
- 19 semanas (4 meses e meio): por volta da 14ª. até a 17ª. semanas o bebê pode parecer mais ‘impaciente’. Esse é um dos saltos mais longos: dura cerca de 4 semanas, podendo porém se estender por até 6 semanas. O bebê chora mais, apresenta mudanças extremas de temperamento e quer mais atenção e colo. Consegue alcançar e pegar um brinquedo, sacudi-lo e colocá-lo na boca, passá-lo de uma mão para outra. Pode ganhar o primeiro dente. Os sons que o bebê emite se tornam mais nítidos e complexos, consegue fazer alguns sons como ‘baba’, ‘dada’. Tudo cheira, soa e tem gosto diferente agora. Dorme menos. Estranha as pessoas e busca maior contato corporal quando está sendo amamentado. Depois desse salto o bebê vai poder virar de costas e de barriga para baixo, e vice-versa, se arrastar pra frente ou pra trás, olhar atentamente para imagens num livro; reagir ao ver seu reflexo no espelho e reconhecer seu próprio nome.
Esse é um dos saltos de desenvolvimento mais significativos e em que um maior número de mães costuma relatar alterações no sono. Provavelmente porque o padrão de sono parecia entrar num ritmo desde que o bebê nasceu, e essa alteração é vista como uma ‘regressão’, na qual o bebê tende a acordar bastante por algumas semanas enquanto está trabalhando no salto. E uma vez que esse salto está completo há somente 1 ou 2 semanas antes de começar a trabalhar no próximo (das 26 semanas), é um longo período de sono ruim e bebê irritado nesse estágio da vida.
- 26 semanas (6 meses): Já na 23ª semana o bebê parece se tornar mais ‘difícil’. Ele busca maior contato corporal durante as brincadeiras. O bebê já consegue coordenar os movimentos dos braços e pernas com o resto do corpo. Senta sem apoio e põe objetos na boca. Nessa idade ele começa a entender que as coisas podem ficar dentro, fora, em cima, embaixo, atrás, na frente, e usa isso em suas brincadeiras. Ele passa a entender que quando a mamãe anda, ela vai se afastar e isso o assusta, então reclama quando a mãe sai de perto. Depois desse salto o bebê vai ficar interessado em explorar a casa, armários, gavetas, achar etiquetas, levantar tapetes para olhar o que tem embaixo. Ele se vira para prestar atenção nas vozes, consegue imitar alguns sons, rola bem em ambas direções e começa a se apoiar em algo para ficar de pé. Adquire maturidade para receber alimentos sólidos. Essa fase pode durar cerca de 4-5 semanas.
- 30 semanas (7 meses): o bebê tenta se jogar adiante para alcançar objetos, bate um objeto em outro. Pode começar a engatinhar, a falar algumas sílabas e entende melhor o conceito de permanência das coisas. Pode fazer sinal de tchau. Sente ansiedade com estranhos.
- 37 semanas (8 meses e meio): o bebê fica ‘temperamental’, tem mudanças frequentes em seu humor, de alegre para agressivo e vice-versa, ou de exageradamente amoroso para ataques de raiva em questão de momentos. Chora com mais frequência. Quer ter mais atividades e protesta se não as tem! Não quer que troquem sua fralda, chupa seus dedos. Protesta quando o contato corporal é interrompido. Dorme menos, tem menos apetite, movimenta-se menos e “fala” menos. Às vezes senta-se quieto e sonha acordado. O bebê agora começa a explorar as coisas de uma forma mais metódica. Passa a entender que as coisas podem ser classificadas, por exemplo, sabe o que é comida e o que é animal, seja ao vivo ou em um livro. Fala "mamá" e"papá" sem distinção de quem é a mãe ou o pai. Engatinha, aponta objetos, procura objetos escondidos, usa o polegar e dedo indicador para segurar objetos.
- 46 semanas (quase 11 meses): o bebê percebe que existe uma ordem nas coisas e atitudes, por exemplo, que se colocam sapatos nos pés e brinquedos nos armários. Ganha então uma consciência de suas próprias atitudes. Ao invés de separar objetos, passa a juntá-los. Depois desse salto o bebê vai poder apontar para algo ou pessoa a pedido seu, vai querer ‘falar’ no telefone e enfiar chaves nos buracos de chave, procurar algo que você escondeu, tentar tirar a própria roupa. Fala "mamá" e "papá" para a mãe ou pai corretamente. Levanta-se por alguns segundos, movimenta-se mais, entende o "não" e instruções simples.
- 55 semanas (quase 13 meses): geralmente a fase em que o bebê começa a andar - um salto no desenvolvimento bem significativo. Fala mais palavras do que "mama" e "papa". Rabisca com giz.
- 64 semanas (quase 15 meses): o bebê combina palavras e gestos para expressar o que precisa, come com as mãos, esvazia recipientes, coloca tampas nos recipientes apropriados, imita as pessoas, explora tudo que estiver à sua frente, inicia jogos, aponta partes do corpo quando perguntado, responde a algumas instruções (por exemplo, “me dá um beijo”), usa colher e garfo, empurra e puxa brinquedos enquanto anda, joga bola, anda de marcha a ré.
- 75 semanas (17 meses): o bebê usa cerca de 6 palavras regularmente, gosta de jogos de imitação, gosta de esconder brinquedos, alimenta uma boneca, joga bola, dança, separa brinquedos por cor, formato e tamanho. Olha livros sozinho e rabisca bem.

Referências:
1- Hetty van de rijt, Frans Plooij. The Wonder Weeks. How to stimulate your baby's mental development and help him turn his 8 predictable, great, fussy phases into magical leaps forward. Kiddy World Promotions B.V. 2010.
2- Lopes, R.M. F., Nascimento, R.F.L.; Souza, S. G.; Mallet, L. G.; Argimon, I.I.L. Desenvolvimento Cognitivo e motor de crianças de zero a quinze meses: um estudo de revisão. 2010.
http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0529.pdf
3- Piaget, J. & Inhelder, B. The Psychology of the Child. New York: Basic Books. 1962.


terça-feira, 24 de maio de 2011

A natureza da dependência

Após falar sobre a angústia de separação, lembrei desse texto que postei ano passado no meu outro blog, acho que é um texto riquíssimo e não poderia deixar de postá-lo aqui também. Vamos lá:




A Natureza da Dependência


Recentemente, conversei com uma amiga que teve seu primeiro bebê há seis meses. Essa amiga comentou que iria começar a dar a mamadeira para seu bebê de forma que ele pudesse ter comida sempre que desejasse. O que eu realmente pude sentir foi que ela acreditava que poderia, através disso, ensinar seu bebê a ser mais independente e que, por isso, talvez sentisse que a dependência de sua criança fosse causada por uma deficiência dela. Nota-se que minha amiga partilha das concepções erradas que existem atualmente de que a dependência é ruim e a independência é algo que pode ser ensinado. Mas aí existe um engano. A independência é uma condição que surge da própria relação da criança com a dependência.
Nós temos um preconceito cultural muito grande em relação à dependência. Qualquer emoção ou comportamento que indique fraqueza, representa dependência. Isto fica evidente na maneira como nós forçamos nossas crianças a realizarem coisas que estão além de seus limites pessoais. Com isso, estamos afirmando que os padrões externos são mais importantes que a experiência interna da criança. Fazemos isso quando desmamamos nossas crianças em vez de confiar e acreditar que elas possam fazer isso por sua própria conta e na hora certa; quando nós insistimos que nossas crianças se sentem à mesa e comam toda a comida só porque achamos que o alimento que escolhemos é mais saudável e eficiente, em vez de confiarmos que eles comerão bem comendo o que está de acordo com o apetite deles; e quando nós os treinamos para a higiene numa idade muito precoce em vez de confiar que eles aprenderão usar o banheiro quando eles estiverem neurologicamente prontos.
Quando nós, que somos pais, assumimos que sabemos o que é melhor para nossas crianças no que diz respeito à experiência interna deles, e que somos nós que temos que lhes mostrar quando e como realizar determinadas tarefas características do desenvolvimento humano básico, nós os ensinamos que os padrões externos são mais importantes e mais precisos do que os que eles sentem e pensam.
Dois estudos científicos recentes refletem este preconceito cultural que despreza a fraqueza e a dependência das crianças. Um dos estudos comparou crianças que iam ser e estavam no colo de suas mães e crianças que foram vacinadas sem a presença de suas mães. As crianças que foram vacinados na ausência de suas mães choraram muito menos. De posse desses dados, os investigadores concluíram que seria melhor que os pediatras desencorajarem a presença das mães durante vacinação porque as crianças poderiam controlar melhor suas reações às injeções na ausência delas. Obviamente, os investigadores deste estudo foram parciais no que diz respeito às expressões emocionais e acreditaram que a expressão emocional das crianças sob tensão era uma forma de fraqueza.
Minha experiência é bem diferente. Eu notei que meus quatro filhos comportam-se de formas diferentes quando nós estamos em viagens ou estamos longe de casa. Nas viagens, eles controlam bem coisas, se dão bem entre si, e aceitam horas irregulares de sono ou mudanças na alimentação, mas ao voltar para casa é que as coisas mudam. Em casa eles brigam, choram e brincam. Eu acredito que esse é um comportamento normal para pessoas de todas as idades. É comum que as pessoas se unam quando enfrentam uma situação estressante ou então, isolem-se e mesmo briguem quando estão em território seguro. Para uma criança, o território seguro é a casa, a mãe, ou o pai.
Então, era perfeitamente normal para aquelas crianças que iam ser vacinadas, chorassem sob a tensão da experiência, na presença de suas mães. A presença das mães dava-lhes liberdade e confiança para que chorassem. A conclusão deste estudo poderia ser: Que é melhor que as mães das crianças estejam presentes quando as crianças forem vacinadas. Assim elas podem controlar melhor a sua experiência de sentir medo, expressando-o.
Um estudo administrado por Margaret Burchinal da Universidade de Carolina do Norte em Chapell Hill, e publicado em fevereiro 1987 na Psychology Today, compararam crianças jovens que foram cuidadas em casa por suas mães desde o nascimento, com outras crianças que haviam ficado em creches desde a tenra infância. Este estudo concluiu que as crianças criadas fora de casa pareciam menos inseguras do que aquelas que haviam ficado em casa com suas mães. Poderíamos discutir que o que "parece" ser insegurança é uma avaliação subjetiva que não tem bases cientificas. Minha experiência diz que a insegurança é uma resposta absolutamente “apropriada” e normal. As crianças jovens são especialmente sensíveis a pessoas novas em seu ambiente, e esta sensibilidade muda na medida em que seu ambiente se altera. Por exemplo, cada um de meus filhos relaciona-se de forma diferente com estranhos. Esta diferença está diretamente ligada com quantas pessoas nós encontramos fora de nossa casa. Meu quarto filho, que cresceu fazendo contato com muitas pessoas que trabalhavam comigo na revista, às vezes parece uma criança mais segura do que minha primeira filha, que foi criada num ambiente rural, onde vivia mais isolada.
As pessoas que estudam animais lhe dirão que bebês animais, conhecidos por sua curiosidade, são mais cautelosos que curiosos. Seria a precaução ou a cautela consideradas uma forma de insegurança? Às vezes agimos como se desejássemos que nossas crianças “surgissem do útero”, completamente socializadas, e não aceitamos as experiências que elas têm com o mundo e nem suas personalidades individuais. Mas é simplesmente o passar do tempo que desenvolve a socialização. Não há como apressar isso sem causar problemas.
Quando rejeitamos as expressões de fragilidade da criança – comportamento que nós também rejeitamos em adultos - nós criamos uma guerra dentro delas. Em primeiro lugar, nós estabelecemos um padrão arbitrário de comportamento que pretende determinar o que é melhor para que eles possam construir a própria experiência. Por outro lado, nós lhes ensinamos o hábito de rejeitar respostas imediatas e afetivas em favor da razão e do intelecto.
Foi só recentemente que eu comecei a aprender a aceitar as emoções mais “frágeis” de meus filhos. Quando minha primeira filha (agora com 12 anos) era um bebê, eu ficava assustada cada vez que ela se feria. Eu corria para acudi-la porque eu achava que aquela era uma experiência terrível com qual ela não tinha condições de lidar. Minha resposta exagerada ensinou minha filha a acreditar que se ferir era uma experiência terrível e insuportável. Já com meu quarto filho eu agi diferente. Quando se fere, ele faz um tremendo barulho. Mas eu não corro ou fico em pânico. Eu não tento fixar nele idéias ou sentimentos que são meus. Ele grita e corre, e eu tive que me treinar para deixa-lo se arranjar. A aceitando sua resposta emocionalmente rica, e tratando o dano que ele sofreu com carinho e sem indiferença, observei que sua reação emocional "extrema" normalmente é curta. Quando ele pode sofrer sua realidade emocional completa, ele logo fica livre para abandona-lá e entrar em contato com outras realidades que vão surgindo nos momentos seguintes.
Certamente, algum controle de nossos impulsos internos é necessário na medida em que vivemos como seres sociais. É através desse tipo de controle que nós aprendemos o que é um comportamento socialmente aceitável, como por exemplo usar um banheiro, comer com uma colher, e vestir determinadas roupas. Mas quando este controle da experiência interna pelo intelecto torna-se moralista em vez de ser socializada e prática, quando fica muito extremada, ou quando nós insistimos constantemente em fazer nossos filhos a acreditar que nós sabemos o que é melhor para eles, nós lhes roubamos o direito inato e essencial da auto-regulação.
A criança que cresce com essa falta de senso de auto-regulação, desconfiada de si própria e de sua própria experiência interna, pode se tornar um adulto vitimado por hábitos ruins. Quando eu olho à minha volta e vejo a maioria das pessoas lutando com comportamentos compulsivos - comendo demais, sendo excessivamente responsáveis, fumando cigarros, tomando drogas, se matando de trabalhar, se embebedando com álcool ou que vivem em busca de um guru - tentando de algum modo achar a perfeição fora de si próprio ou tentando se esforçar obsessivamente para encontrar a “perfeição”. Eu acredito que estas compulsões e hábitos têm suas origens nas repressões aparentemente bem planejadas da infância. Uma criança a quem é ensinado exercitar o controle se utilizando de padrões externos, cria uma divisão interna que gera conflitos entre o que é imediatamente experimentado e o que se supõe que poderia ser. Aprende a acreditar que há um modo perfeito de ser.
Nossa função como pais, é entender e honrar a natureza de dependência na criança. Dependência, insegurança e fraqueza são estados naturais para a criança. A bem da verdade, estes são estados naturais para todos nós, mas para as crianças - as crianças especialmente jovens - são condições predominantes. E eles serão superados. Da mesma maneira que nós deixamos de engatinhar e começamos a andar, deixamos de balbuciar e começamos a falar, passamos da condição assexuada da infância para a sexualidade da adolescência, nós atingimos nosso fins. Como humanos, nós nos movemos da fraqueza para a força. Nós passamos da incerteza ao domínio. Enquanto nós nos recusarmos a reconhecer as fases que vem antes do domínio, estaremos ensinamos para nossas crianças a odiar e desconfiar de sua própria fraqueza, e os introduzimos numa vida cheia de tentativas de reintegrar as suas personalidades.
Eu não posso deixar de insistir na importância de confiar em nossos filhos; de confiar inteiramente neles. Ao aceitarmos as fraquezas deles como também as suas forças, suas emoções feias como também as suas emoções bonitas, os seus desastres, como também os seus triunfos, a dependência deles como também a sua independência, estaremos lhes dando um presente para uma vida inteira. Eles serão pessoas inteiras que não estarão em conflito consigo mesmo e, o que é mais importante, não estarão em guerra com outros.
É da natureza da criança ser dependente, e é da natureza da dependência ser superada. Odiar a dependência porque ela não é independência é o mesmo que odiar o inverno porque ele não é a primavera. A dependência vai florescer em independência a seu próprio tempo.


Texto de Peggy O'Mara, Editora da revista Mothering (Maternagem)
www.mothering.com
Tradução de Mario Quilici, psicanalista




Permitida a divulgação e veiculação, desde que citada a fonte: http://www.slingando.com

Falando sobre a ansiedade ou angústia de separação


A partir de 6 a 8 meses, em média, o bebê começar a perceber que é um indivíduo separado da mãe. Essa descoberta lhe traz angústia e pânico, então ele tende a solicitar muita atenção da mãe e pode chorar mais que o usual. Essa fase se completa num longo processo que continua a se manifestar de uma forma ou outra até os dois a três anos, ou até os cinco anos, de acordo com outros especialistas.
É preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. O bebê não está “chatinho”, “grudento” nem “manhoso”. Como a mãe é o seu mundo e representa sua segurança, e como a noção de permanência (ou seja, tudo que está longe do campo de visão) não está completamente estabelecida, essa angústia é muito acentuada. A maioria das conexões nervosas no cérebro são feitas na infância e a maneira com que lidamos com as emoções do bebê tem um efeito profundo em como essas conexões se refletirão na capacidade do bebê lidar com suas próprias emoções quando for adulto. Em outras palavras, experiências na primeira infância e interação com o ambiente são as partes mais críticas no desenvolvimento do cérebro da criança.
O sistema de angústia da separação, localizado no cérebro inferior, está geneticamente programado para ser hipersensível. Nos primeiros estágios da evolução humana era muito perigoso que o bebê estivesse longe da sua mãe. Se não chorasse para alertar seus pais do seu paradeiro, não conseguiria sobreviver.
Então, quando o bebê sofre pela ausência dos seus pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas que quando sofre uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é idêntica à linguagem da dor. Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte no joelho, e não consolar as dores emocionais, como a angústia da separação. Mas, infelizmente, é isso o que fazem muitos pais, por não conseguirem aceitar que a dor emocional de seu filho é tão real como a física. Essa é uma verdade neurobiológica que todos deveríamos respeitar.
O desenvolvimento dos lóbulos frontais inibe naturalmente esse sistema de angústia de separação.
É importante entender que o período "crítico" de desenvolvimento emocional e social ocorre nos primeiros 18 meses da criança. A parte do cérebro que regula as emoções, a amídala, é formada cedo de acordo com as experiências que o cérebro recebe. O desenvolvimento de um vínculo emocional, empatia e confiança, e todos os aspectos da inteligência emocional fornecem o fundamento para desenvolvimento de outros aspectos emocionais conforme a criança cresce. Então, nutrir emocionalmente e responsivamente o bebê é importante para que a criança aprenda empatia, felicidade, otimismo e resiliência na vida.
O desenvolvimento social, que envolve auto-consciência e capacidade da criança de interagir com outros, também ocorre em etapas. Por exemplo, compartilhar brinquedos é algo que um cérebro de uma criança de 2 anos não está completamente desenvolvido para fazer bem! Então não se zangue com seu filho menor de 2 anos que não quer dividir os brinquedos. Esta capacidade social é mais comum e positiva em crianças maiores de 3 anos.
Então, se a mãe tiver que se afastar do filho pequeno para trabalhar ou por outro motivo, muito carinho, conversa, paciência e coerência nas atitudes são necessários para que ele continue tendo confiança nela e supere esse período de crise. É também muito importante certificar-se que o bebê criou um vínculo afetivo com o outro cuidador.
Alguns estudos detectaram alterações a longo prazo do eixo Hipotálamo-Hipófise- Adrenal do cérebro infantil devido a separações curtas, quando a criança fica aos cuidados de uma pessoa desconhecida. Esse sistema de resposta ao estresse é fundamental para nossa capacidade de enfrentar bem o estresse na vida adulta é muito vulnerável aos efeitos adversos do estresse prematuro.
Algumas pessoas justificam sua decisão de deixar o bebê desconsolado como uma forma de “inoculação de estresse”, o que significa apresentar ao bebê situações moderadamente estressantes para que aprenda a lidar com a tensão. Aqueles que afirmam que os bebês que choram por um prolongado período de tempo só sofre um estresse moderado estão enganando a si mesmos, pois livrar-se do bebê ou não consolá-lo (durante o dia ou a noite, quando choram ou pedem mais mamadas ou colo do que o usual) pode resultar em efeitos adversos permanentes no cérebro da criança. Ela pode sentir pânico, o que significa um aumento importante e perigoso das substâncias estressantes no seu cérebro, podendo resultar em uma hipersensibilização do seu sistema de medo, o que lhe afetará na sua vida adulta, causando fobias, obsessões ou comportamentos de isolamento temeroso.
Algumas idéias práticas para reduzir a Angústia de Separação no seu bebê estão no artigo prévio sobre retorno ao trabalho e sono do bebê
(link: http://guiadobebe.uol.com.br/bb1ano/retorno_ao_trabalho_e_o_sono_do_bebe_como_fica.htm), como praticar separações rápidas e diárias, evitar a transferência de colo para colo e entender a ansiedade de separação como um sinal positivo.
Além disso, nessa fase, procure passar todo tempo possível com seu bebê, principalmente se trabalha fora. Separe os momentos logo após o reencontro do dia de trabalho para ter dedicação exclusiva a ele. Sente confortavelmente, faça contato olho no olho, amamente, interaja com seu bebê. Você pode estar cansada e estressada depois da longa jornada de trabalho, mas se conseguir um pouco de energia para receber seu bebê com alegria, você também se sentirá melhor após alguns minutos de uma reconexão significativa. Somente depois pense no jantar, no banho e outros afazeres. Considere promover proximidade na hora de dormir se suspeita que o bebê tem acordado mais a noite por estar passando por um pico de ansiedade de separação.

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br

sábado, 21 de maio de 2011

Falando sobre os picos de crescimento do bebê



Picos de crescimento são fenômenos que se referem ao crescimento do bebê em si, e não ao seu desenvolvimento. Nos períodos de picos os bebês começam a solicitar mais mamadas do que o usual, pois precisam de mais alimento para crescer nesse ritmo agora mais acelerado. Então o bebê que dormia longos períodos à noite pode começar a acordar mais e solicitar mais mamadas. Esta necessidade geralmente dura de poucos dias a uma semana, seguido de um retorno ao padrão menor de mamadas, mas agora com o organismo da mãe adaptado a produzir mais leite.


É muito importante respeitar a demanda aumentada de mamadas, pois somente com a livre demanda é que a produção de leite materno se ajusta perfeitamente às necessidades do bebê.


Nesses períodos a mãe pode interpretar incorretamente a maior demanda de mamadas do bebê - ela pode achar que seu leite não está sendo suficiente, ou que está ‘fraco’ e pensar que a solução para a situação é oferecer complemento de leite artificial. Porém, é um erro oferecer mamadeiras com leite artificial nesses períodos, pois isso prejudica o equilíbrio perfeito da natureza de produzir o leite conforme a demanda de mamadas. Em outras palavras, ao dar leite artificial perde-se um estímulo poderoso no peito, o organismo assim entende que não precisa daquela mamada, e passa a produzir menos e não mais como é necessário!


Períodos comuns dos picos de crescimento ocorrem por volta dos 7-10 dias, 2-3 semanas, 4-6 semanas, 3 meses, 4 meses, 6 meses e 9 meses e além. Os picos continuando acontecendo no decorrer do crescimento da criança, incluindo a adolescência, momento em que mudanças físicas e emocionais são mais notáveis.


Dra. Jeny Thomas, médica e consultora de amamentação, afiliada a Associação Americana de Pediatria e a Academia de Medicina da Amamentação reflete sobre acreditar na capacidade de amamentar o bebê:


"A maioria das mulheres não acredita que seu corpo que gerou esse lindo bebê seja capaz de amamentar o mesmo bebê. As pesquisas mostram que uso de complemento e desmame precoces estão aumentando. Por que não acreditamos no nosso corpo no pós-parto? Não sei. Mas ouço todos os dias que a mãe está complementando porque "meu leite não o satisfaz, não é suficiente." Claro que é. Bebês precisam mamar o tempo todo- e precisam estar contigo o tempo todo. Essa é sua satisfação máxima.


Um bebê mamando no peito de sua mãe está obtendo componentes para desenvolvimento de seu sistema imune, ativando seu timo, se aquecendo, se sentindo quentinho e confortável, seguro de predadores, tendo padrões de sono normais e ativando seu cérebro (ah, e inclusive) adquirindo alimento para esses processos. Eles não estão somente "famintos" – eles estão obedecendo seus instintos de sobrevivência."


- Thomas J., The Normal Newborn and Why Breastmilk is Not Just Food. Retirado do website da pediatra e consultora de amamentação. 2010.
http://www.drjen4kids.com/soap%20box/normal_%20newborn.htm

UM PLÁ SOBRE PICOS DE CRESCIMENTO

Afinal, o que significa "Growth Spurt"?
Poderíamos traduzir (não literalmente) como PICO DE CRESCIMENTO.




É um fenômeno que ocorre nos bebês e, no qual, estes solicitam mais mamadas do que de costume. Estas necessidades geralmente duram de poucos dias a uma semana, seguido de um retorno ao padrão menor de mamadas.


A mãe costuma sentir como se não desse conta de produzir leite em quantidade suficiente para o Bebê.


Períodos comuns destes "picos de crescimento" ocorrem por volta dos:
7 - 10 dias;
2 - 3 semanas;
4 - 6 semanas;
3 meses;
4 meses;
6 meses;
9 meses (em torno)


Os picos de crescimento não param no primeiro ano. Podem ocorrer no decorrer do crescimento da criança, incluindo, por exemplo, a adolescência.


Quanto mais o bebê mamar = mais leite produzirá no seio.
Estimule ambos os lados, esvaziando um lado para que depois passe pro outro seio.
Confie em sua produção. Seios murchos não significam menos leite.
Boa parte do leite é produzido na hora da mamada.
É normal, durante o pico de crescimento, que o bebê mame HORAS seguidas.


Fonte: http://www.kellymom.com/bf/normal/growth-spurt.html


UM PLÁ SOBRE SALTO DE DESENVOLVIMENTO
Bebês não se desenvolvem em um ritmo constante, e sim irregular.




No período que imediatamente antecede um salto de desenvolvimento o bebê repentinamente pode se sentir disperso à mudanças nos sistemas perceptivo e cognitivo que não foram adaptadas ainda no organismo.


Então na tentativa de readaptação, o bebê volta à base, ou seja, à mãe, o que reflete-se em períodos de maior carência afetiva, pedem mais colo, e com frequência afetam o sono e apetite.


Depois de algumas semanas essa fase difícil é superada, e o bebê demonstra ter habilidades novas.


Uma Cronologia aproximada dos períodos de crise é:
- 5 semanas / 1 mês
- 8 semanas / quase 2 meses
- 12 semanas / quase 3 meses
- 19 semanas / 4 meses e meio
- 26 semanas / 6 meses
- 30 semanas / 7 meses
- 37 semanas / 8 meses e meio
- 46 semanas / quase 11 meses
- 55 semanas / quase 13 meses
- 64 semanas / quase 15 meses
- 75 semanas / 17 meses


Nesse período, é esperado que o bebê:
- Procure ficar mais perto da MÃE, ou seja sua base de tudo, pois é o que ele conhece melhor;
- Fique mais carente, precisando de colo, segurança e orientação maternal de perto;
- Coma mal e durma pior;
- Pode pedir para mamar com mais frequência;
- Comece a fazer coisas que não fazia antes da crise tal como rir, sentar, engatinhar, interagir...
- Demonstre felicidade com o final da crise e superação do desenvolvimento adquirido.


Essa fase difícil passa, e tudo volta a normalidade, na mesma naturalidade que iniciou.
Então, durante as crises, é só ter um pouco de paciência, carinho, cumplicidade... que logo logo passa...


Fonte: Hetty van de rijt, Frans Plooij. The Wonder Weeks. How to stimulate your baby's mental development and help him turn his 8 predictable, great, fussy phases into magical leaps forward. Kiddy World Promotions B.V. 2010.


Edição por Andreia Mortensen e Anna Arena - GVA - http://www.guiadobebe.uol.com.br/

terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma marmita atrativa para a criançada comer melhor

O Obentô é uma refeição muito variada, nutritiva e portátil, trata-se de uma técnica muito utilizada pelos japoneses e que virou mania entre as crianças e pais pelo mundo afora.

sábado, 7 de maio de 2011

Dia das Maternas

Maternas queridas,

Fiquei pesquisando uma mensagem para postar aqui no blog, em homenagem ao dia das Mães, mas confesso que não gosto dessas mensagens padronizadas, que a cada ano só muda mesmo o ano. Assim resolvi escrever com minhas próprias palavras, de coração aberto para mim e para vocês maternas que me acompanham aqui.
Esse ano sinto o dia das mães de forma diferente do ano passado, talvez esteja me sentindo mais mãe, rsrs, só sei que a cada dia que passa independente da data comemorativa me torno uma pessoa melhor e a maternidade teve e tem um papel fundamental nesse processo.
Acredito que cada uma de vocês está se construindo com olhos de futuro, olhos de vida, olhos de beleza, vividos também com o desenvolvimento de seus filhos.
Desejo ã todas nós muitas transformações e coragem para seguir em frente, pois o que recebemos em troca tem valor inestimável, mesmo que num primeiro momento nos pareça muito sofrido.
Maternar é muitas vezes difícil, mas é uma verdadeira arte quando podemos criar nossos filhos com amor!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A Pedagogia humanista de Carl Rogers

Me pediram para postar sobre os diversos tipos de Pedagogia diferentes da tradicional, não sou educadora, mas pretendo trazer alguma contribuição para vocês do que conheço e pesquiso.
Assim sendo, aí vai um texto sobre a pedagogia de Carl Rogers, conheço bastante a parte do trabalho dele com a Psicologia, mas com certeza na Educação também tem muitos seguidores, garanto que é muito interessante. Vale a pena dar uma olhada.

A Pedagogia humanista de Carl Rogers

Texto de: Fabíola Langaro, Geórgia Bunn Santos e Maria Aparecida Oltramari (Psicólogas)

Fonte: http://jornaloutro.blogspot.com/
A educação, segundo uma visão humanista, deveria englobar todo o sujeito, ou seja, incluir neste processo a aprendizagem não só no aspecto cognitivo, mas também nos aspectos emocional e de vivência. Para Carl Rogers, representante do humanismo, a política de educação deve estar centrada no aluno, que participará ativamente das decisões norteadoras de sua aprendizagem.
A teoria humanista vê o homem como centro de interesse, sendo o modelo do mundo. Este homem se caracteriza pela sua dignidade, individualidade, subjetividade e liberdade. A realidade é particular e individual, pois cada sujeito a percebe de acordo com o que experimenta.
Dessa forma, o homem é visto em sua totalidade e, portanto, a educação deveria seguir o mesmo princípio. O processo de aprendizagem significativa será mais completo, profundo e duradouro se envolver não só cognição, mas também os sentimentos e as experiências vivenciadas pelo estudante.
Rogers propôs que a educação

“seria a criação de condições nas quais os alunos pudessem tornar-se pessoas de iniciativa, de responsabilidade, de autodeterminação, de discernimento, que soubessem aplicar-se a aprender as coisas que lhe servirão para a solução de seus problemas e que tais conhecimentos os capacitassem a se adaptar com flexibilidade às novas situações, aos novos problemas, servindo-se da própria experiência, com espírito livre e criativo”.
(Misukami, p. 45, 1986).

Rogers criticou a política de ensino tradicional, por fazer do professor o possuidor do conhecimento e o aluno, recipiente. O professor é possuidor do poder, regendo pela autoridade a prática em sala de aula, mantendo a ordem e a disciplina através do amedrontamento dos alunos, que o obedecem.

“A aula, ou algum meio de instrução verbal, é a forma principal de colocar conhecimento no recipiente. O exame avalia até onde o estudante o recebeu. Estes são os elementos centrais deste tipo de educação”.
(Rogers, p.134, 1977).


Sua crítica principal era de que, desta forma, o sistema educacional dá lugar apenas ao intelecto, e não para o ser humano como um todo.
A filosofia rogeriana para a educação consiste em centrar no estudante a responsabilidade pelo seu aprendizado. Para que isto seja possível, é necessário que haja a precondição estabelecida por Rogers, de que a pessoa que irá ocupar o papel do professor tenha confiança suficiente e si mesma e se torne facilitador, confiando na capacidade que os alunos possuem de aprender por si próprios. Satisfeita esta precondição, os alunos devem participar do planejamento curricular, decidindo com o grupo que atividades serão realizadas. O importante é favorecer o processo contínuo de aprendizagem, onde o bom resultado aparece quando o estudante aprende a aprender, ou seja, se conhece o suficiente para entender os mecanismos que facilitam a aquisição do conhecimento preterido.
A disciplina externa é substituída pela auto-disciplina. A avaliação é fundamentalmente uma auto-avaliação, que pode ser enriquecida pelo facilitador e pelo grupo.
Estes fundamentos marcam as diferenças entre a educação tradicional e a educação empreendedora de Rogers. Sua intenção era a de promover o crescimento do ser humano, envolvendo todos os aspectos de sua vida. O objetivo é chegar a uma aprendizagem significativa, que só é obtida porque a direção da aprendizagem é escolhida pelo estudante, a aprendizagem é auto-iniciada e, principalmente, pelo fato de a pessoa estar investida inteira no processo.
Assim, a educação humanista volta-se para a obtenção de aprendizagens que vão além do intelecto, objetivando uma formação integral do ser humano, para que este chegue a ter uma vida feliz e repleta de experiências satisfatórias. Rogers conseguiu fundamentar os passos para se chegar à realização efetiva destes objetivos, e propôs uma verdadeira revolução na política da educação existente na década de 70.




REFERÊNCIAS

MISUKAMI, Maria da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U., 1986.
ROGERS, Carl R. A pessoa como centro. São Paulo: E.P.U, 1977.
SCHULTZ, D. P. e SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix, 2001.



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Infância Roubada

Infância Roubada

Rosely Sayão

Uma jovem mulher escreveu pedindo orientação. Ela contou que tem pouco mais de 30 anos, e o marido, quase 70. Juntos tiveram uma filha, hoje com quatro anos. Ela quer saber como preparar a garota para o luto do pai.
Uma outra tem um filho de seis anos que frequenta uma escola em que o primeiro ano do ensino fundamental é tratado de forma cuidadosa, segundo inclusive a orientação do MEC, já que as crianças ainda estão na primeira infância. Apesar de perceber o quanto o filho se desenvolve brincando na escola, ela tem uma dúvida que não a deixa em paz.
Ela pensa que, já que a partir do segundo ano os estudos terão de ser levados com mais seriedade pelo filho, talvez seria melhor a escola cobrar mais das crianças desde o primeiro ano. Por isso, fica na dúvida se não deveria colocar o filho em uma escola que já fizesse isso, mesmo sabendo que o garoto adora ir para a escola atual e que ela colabora bastante para o desenvolvimento de seu potencial.
Essas duas mulheres, que trazem questões aparentemente tão distintas, nos mostram como temos tratado as crianças pequenas.
Temos nos ocupado tanto com seu futuro que esquecemos que elas têm um presente que precisa ser vivenciado, explorado, vivido até as últimas consequências. Aliás, antes de tudo, vamos lembrar que a maneira como vivemos o presente ajuda a desenhar o traçado do futuro.
Será que, porque o destino da criança é crescer, precisamos fazer com que isso aconteça o mais rapidamente possível? Não faz o menor sentido pensar e agir assim. Seria a mesma coisa pensar que, já que vamos mesmo morrer, não faz o menor sentido viver, não é verdade?
Vamos, mais uma vez, tentar aplicar o mesmo raciocínio à vida adulta.
Um profissional sabe que, para alcançar uma meta desejada na carreira, terá de, em um futuro próximo, realizar um trabalho de alguns meses em outro país. Ele sabe também que isso acarretará um afastamento da família por esse período.
Por acaso julgaríamos sensato se ele pensasse que a maneira de amenizar esse tempo de afastamento seria começá-lo a praticar desde já, meses antes de o fato acontecer?
Claro que não. Ao contrário: se pudéssemos dar algum conselho a ele, diríamos o oposto: "Aproveite o convívio familiar o máximo que puder antes de viajar". É ou não é verdade isso?
E por que, justamente com as crianças pequenas, praticamos a insensatez de empurrá-las em velocidade cada vez maior para um futuro que só podemos imaginar como será?
Vai ver a infância nos incomoda, porque mostra que o nosso futuro já não é tão amplo quanto gostaríamos que fosse: já vivemos parte dele.
Ou então já não lembramos mais que a maioria dos adultos chegou onde chegou tendo vivido calmamente a sua infância, sem grandes preparações para o futuro. E isso faz com que a gente tente atropelar a infância de quem hoje é criança. Ou será que queremos roubar a infância de nossas crianças porque não sabemos o que fazer com elas, porque elas atrapalham a nossa vida presente?
Sim: a filha da primeira leitora citada terá de, algum dia, passar pelo luto da perda do pai. Aliás, da mãe também e de muitos outros entes queridos. Em que ordem?
Não sabemos. Por que, então, começar a matar desde já o seu pai se ele está bem vivo ao lado dela?
O filho de nossa segunda leitora também terá de enfrentar maiores responsabilidades a partir do próximo ano letivo. Então, por que não deixar que aproveite, brincando muito, o último ano da primeira parte de sua infância?
A criança deve ter o direito de ser criança enquanto pode. Deveríamos, todos, defender essa causa.
ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)

FOLHA SP de 03.05.2011

"Você tem a vida inteira pra ser adulto e apenas 10 anos pra ser criança"

Grupo de encontros e brincadeiras

Bom gente, faço parte de listas de discussão do universo materno/infantil e já faz algum tempo que venho tentando ampliar nosso círculo de amizade e me aproximar dessas mães que como eu passam por dificuldades, sejam elas relacionadas ao pós-parto ou ao fato de ficarmos muito sozinhas aqui em São Paulo.
Pois bem, desde o ano passado comecei a participar de encontros com algumas dessas mães e seus filhos, um grupo de brincadeiras na verdade para os pequenos interagirem, mas não vingaram, sempre ia uma ou duas mães.
Agora estamos retomando o grupo, mas não só como grupo de brincadeiras e sim como um grupo para as mães que estão se sentindo sozinhas em casa e não conseguem sair, ou que o filho vai para escola e ela não tem onde ir para conversar e se distrair e também um grupo para as crianças brincarem. Hoje foi nosso primeiro encontro.
Fico devendo a foto de hoje porque não tiramos, mas vou colocar a foto do primeiro encontro que fui ano passado na casa da Glenda do Colméia Materna.
Quem tiver interesse em participar é só me mandar um e-mail, ou se cadastrar no grupo do yahoo que sempre nos comunicamos por lá. A idéia é fazermos rodízios nas casas e apartamentos das que se interessarem em participar, encontros em parques, livrarias, e outros lugares e eventos que surgirem.




http://br.groups.yahoo.com/group/grupodebrincadeiras_matrice/
ou
giovanapsi@yahoo.com.br

terça-feira, 3 de maio de 2011

Hortinhas em pequenos espaços

Pra quem curte um temperinho natural, umas ervas aromáticas, aqui vão sugestões práticas e fáceis de fazer.
Você pode plantá-las em qualquer latinha, panelas velhas, chaleiras, canecas, o importante é ter sempre a mão e fresquinho para incrementar a comidinha da família.

http://caramelosechocolates.blogspot.com/

Aqui, uma seleção que requer 4 horas de sol por dia, rega 3 x por semana e solo adubado:

1- MANJERICÃO - plante em vasos com no mínimo 30 centímetros de altura. Como as flores roubam o aroma das folhas, a dica é cortar seus botões. Dura 2 anos. Na cozinha combina com massas, sopas, molhos, saladas, linguiças e vinagres aromatizados.
2- ALECRIM - na fase adulta se torna um arbusto, então plante em vasos com no mínimo 30 centímetros de altura. A colheita dos galhinhos deve ser feita com uma tesoura de jardinagem, para não tirar lascas nem machucar a planta.  Dura 10 anos. Na cozinha tem um sabor acentuado e seco, não é apropriado para temperar pratos suaves, como peixes, por exemplo. Pelo mesmo motivo, combina com alimentos como cordeiro, porco e ovelha. Serve também para incrementar batatas rústicas (com casca) e vinagres aromatizados.
3- SALSINHA - prefira vasos ou canteiros pequenos. Na hora de colher, o segredo é cortar o galho e não apenas as folhas, deixando-o a um ou dois dedos de distância do solo. Rebrota até 4 vezes. Dura 6 meses. Na cozinha combina com molhos, sopas e consomês. Fica bem na decoração de pratos.
4- CEBOLINHA - precisa de solo bem drenado e rico em matéria orgânica. Pode ser colhida até 4 vezes, rebrotando fácil e rapidamente. Dura 6 meses. Na cozinha combina com sopas, consomês, molhos, saladas, pratos de carne e de peixe, e legumes crus.
5-  HORTELÃ - colha sempre as pontas em crescimento para estimular os brotos. Não pode ser plantada com outras ervas no mesmo vaso, pois suas raízes agressivas matam as outras espécies. Depois de 15 dias já pode ser colhida. Dura a ano. Na cozinha pode ser adicionada à água, durante o cozimento de batatas e ervilhas, na preparação de molhos e em bebidas frias, sucos ou chás.